FIIs de Tijolo vs. FIIs de Papel: qual combina mais com você?

Resumo em 30 segundos: FIIs de tijolo investem em imóveis físicos e tendem a ter maior potencial de valorização; FIIs de papel compram títulos imobiliários e oferecem renda mais previsível. O ideal para muitos investidores é misturar os dois para equilibrar riscos e retornos.

1) O que são FIIs de tijolo

Esses fundos aplicam recursos em imóveis reais, como shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas e hospitais. A receita vem principalmente dos aluguéis pagos pelos inquilinos.

Vantagens:

• Potencial de valorização patrimonial no longo prazo;

• Benefício de inflação repassada via reajuste de contratos (IGP-M, IPCA);

• Ativos tangíveis — é possível visitar o imóvel.

Desvantagens:

• Maior exposição à vacância e renegociações;

• Renda pode oscilar mais conforme o ciclo econômico.

Exemplo: um FII dono de shoppings pode ter queda de receita durante crises, mas recuperar com força quando o consumo volta a crescer.

2) O que são FIIs de papel

Aqui o foco é em títulos de crédito imobiliário, como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário). A renda vem dos juros pagos pelos emissores desses títulos.

Vantagens:

• Fluxo de caixa previsível;

• Baixa vacância (não dependem de inquilinos);

• Possibilidade de rendimento acima da Selic em alguns cenários.

Desvantagens:

• Exposição a risco de crédito;

• Sensibilidade maior à taxa de juros — quando a Selic cai, o rendimento pode diminuir.

Exemplo: um FII que compra CRIs atrelados ao IPCA pode ganhar com a inflação alta, mas sofrer se o emissor atrasar ou não pagar.

3) Como equilibrar na sua carteira

Uma abordagem comum é misturar:

• Tijolo: potencial de valorização + proteção contra inflação;

• Papel: previsibilidade de caixa + menor oscilação.

Dica prática: use a Calculadora de Renda para ver quanto cada tipo contribuiria para seu rendimento mensal.

Próximos passos

1. Leia relatórios gerenciais de 1 FII de tijolo e 1 de papel; 2. Compare dividendos, vacância e risco de crédito; 3. Monte uma carteira que combine estabilidade e crescimento.

⚠️ Aviso: este conteúdo é educacional e não constitui recomendação de investimento.